Entende-se que este tipo de atendimento destinado aos adolescentes, muito importante, aliás, é o mais delicado. Diz-se isso porque delicada também é a adolescência. São pessoas que não deixaram de ser crianças, pelo menos do ponto de vista legal; e que também não são mais crianças. Não se chegou à idade adulta, mas, muito é cobrado para que se comporte como adulto.
E na terapia?
Na terapia a complexidade se repete: por ser menor, são os pais ou um responsável que irão à entrevista, mas o paciente será o adolescente; Por isso, ele precisa estar aberto. Por isso, a construção do vínculo com o terapeuta é tão importante e consolidado devagar. O sigilo é respeitado mesmo que algumas sessões com a família sejam necessárias. Neste caso, o adolescente pode estar presente e deverá estar ciente do que será conversado com seus pais. Não será exposto ou “traído” e seus pais também terão o direito de saber como pode ajudar seu filho. Então é no atendimento cuidadoso com este público que se constrói a confiança e a possibilidade de ajuda entre todos os envolvidos.
Quanto ao processo de Orientação Vocacional, pode ser solicitado pelo adolescente, a escola ou por seus pais. Aqui também, é importante que ele queira se inserir no processo, pois, sua motivação terá influência no resultado. É um processo que dura de 4 a 10 sessões e no final, com ele e os pais, ou um deles, são feitos os apontamentos para suas possíveis inclinações profissionais.